Conservas de Peixe podem ser consumidas com segurança, beneficiando a saúde cardiovascular e o desenvolvimento cognitivo
Um grupo de trabalho composto pela Direção Geral da Alimentação e Veterinária (DGAV), Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP), Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) elaborou um conjunto de recomendações para o consumo de pescado, baseado num estudo cientificamente representativo e muito robusto. Conclui-se que o peixe, onde se inclui as conservas de peixe, pode e deve ser consumido de 4 a 7 vezes por semana pela população em geral e, 3 a 4 vezes por semana nos grupos vulneráveis (mulheres grávidas, mulheres a amamentar e crianças até aos 10 anos), trazendo benefícios para o neuro-desenvolvimento do feto durante a gravidez e reduzindo o risco de mortalidade por doença coronária em adultos.
Fernando Almeida, médico de Saúde Pública e presidente do INSA, deu os parabéns a este estudo, e sublinhou a importância dos consumidores estarem devidamente informados para puderem tomar uma decisão informada: “a literacia é fundamental. Ninguém altera os hábitos alimentares se não estiver bem informado. Para consumir mais peixe não é muito difícil e não é caro – se não compro um peixe, compro outro. É uma questão de mercado, e aliás as conservas de atum são mais baratas que o fresco….” Referiu na sessão de Apresentação pública das recomendações para o consumo de pescado para a população portuguesa – YouTube
Podemos afirmar, com segurança, que as conservas de peixe, nomeadamente de atum, sardinha, cavala, carapau, salmão, truta, bacalhau, choco, corvina, dourada, linguado, lula pescada, polvo, pota, pregado, raia, robalo, entre outras, não apresentam qualquer risco para a saúde, nomeadamente em grávidas, mulheres a amamentar e crianças pequenas.
As conservas de pescado são uma opção prática e saudável para a população portuguesa incluir em sua alimentação.
Ao seguir as recomendações apresentadas, é possível desfrutar dos benefícios nutricionais desses alimentos, contribuindo para uma dieta equilibrada e promovendo a saúde.
Lembre-se sempre de escolher variedades de alta qualidade, armazená-las corretamente e aproveite as conservas de pescado de forma consciente para desfrutar de suas propriedades nutricionais.
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As recomendações foram baseadas na frequência de consumo de pescado pela população portuguesa, obtida por meio de um inquérito nacional. Os dados sobre o teor de mercúrio foram determinados por amostras analisadas em estudos científicos e pelo controle oficial, sendo integrados em uma avaliação de risco-benefício associada ao consumo de pescado pela população. A pesquisa que embasa essas recomendações foi publicada no British Journal of Nutrition e contou com a colaboração de pesquisadores de todas as instituições
+info: https://www.insa.min-saude.pt/recomendacoes-para-o-consumo-de-pescado-para-a-populacao-portuguesa/
Foto: Manuel Fonseca